XVII Congress of the Brazilian Studies Association

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Carmen Dolores e João do Rio: dois cronistas da Belle Époque carioca

Fri, April 5, 2:00 to 3:45pm, Aztec Student Union, Union 3 – Legacy Suite

Abstract

A imprensa periódica do Rio de Janeiro emprestou amplo apoio às reformas urbanas promovidas pelo prefeito Pereira Passos com sustentação política e financeira do presidente Rodrigues Alves. Um dos principais apoiadores desse projeto na imprensa foi Olavo Bilac, que mantinha simultaneamente colunas de crônicas muito lidas no matutino Gazeta de Notícias, no vespertino A Notícia e na revista ilustrada Kosmos, três importantes veículos jornalísticos daqueles tempos eufóricos, segundo a feliz expressão de Antonio Dimas. Nesse contexto de relativo consenso, adquiriram importância raras vozes dissonantes como as de Carmen Dolores e João do Rio. Além de adotarem respectivamente esses pseudônimos para toda a sua produção literária, incluindo livros por eles publicados, Emília Moncorvo Bandeira de Melo e Paulo Barreto formularam críticas aos pressupostos ideológicos e às consequências sociais da assim chamada Regeneração do Rio de Janeiro. Mas cada um expressou essas críticas de maneira muito pessoal: Carmen Dolores, em O Paiz, de forma mais estridente; João do Rio, na Kosmos e na Gazeta de Notícias, com mais sutileza, mas talvez com a mesma eficácia como se procurará demonstrar.

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