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Após o genocídio perpetrado pelo governo otomano durante a I Guerra Mundial, os armênios buscaram refúgio em diversas partes do mundo a fim de reconstruirem suas vidas e suas dinâmicas sociais e políticas. Embora o Brasil não fosse o principal destino dos armênios nos anos 1920, cerca de 5 mil aportaram no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, criando uma coletividade que logrou integrar-se economicamente à metrópole em expansão. Ao mesmo tempo em que algumas famílias armênias enriqueceram em São Paulo, construíram igrejas, escolas, associações, clubes e partidos políticos, equilibrando-se entre as aspirações nacionais armênias e a existência de uma Armênia Soviética, as vicissitudes da Guerra Fria e dos governos autoritários no Brasil marcadamente anticomunitas e temerosos dos riscos que o estrangeiro poderia trazer ao projeto de coesão nacional brasileiro. Esta apresentação tem por objetivo a) discutir a mobilidade social dos armênios em São Paulo ao longo do século XX, que permitiu com que um grande número de imigrantes deixassem o centro da cidade em direção aos bairros mais abastados da capital paulista, integrando-se ao ethos da elite paulistana; b) debater as nuances políticas dos armênios em São Paulo e as contradições presentes entre um projeto político para a pátria-mãe e o endosso ao establishment político na sociedade receptora.