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Depois da guerra de 1956 entre Egito e Israel, o governo egípcio começou uma campanha de perseguição contra a comunidade judaica egípcia, que incluía prisões em massa, confiscos de negócios, perdas de emprego, e expulsões. Devido a esta opressão, oitenta porcento da comunidade judaica saiu do país nos próximos cinco anos. Para os refugiados judeus egípcios, muitos deles apátriadas, existiam dua opções: Israel e Brasil.
Esta apresentação examinará a imigração dos judeus egípcios para o Brasil entre os anos de 1956 e 1961. Usando listas de vistos, registros de návios, a documentação de organizações internacionais judaicas de ajuda, as atas das federações israelitas do Rio de Janeiro e São Paulo, e entrevistas de história oral com imigrantes judeus egípcios no Brasil, a apresentação determinará por que Brasil se tornou a segunda maior comunidade de judeus egípcios no mundo. A resposta à essa pergunta consistirá na vontade do governo brasileiro de se distanciar das políticas imigratórias antissemitas da época Vargas, a disposição das nações europeias como França, Itália e Grécia em aceitar refugiados em trânsito sob condição de que eles se instalem em outros lugares, e o desejo dos refugiados judeus egípcios de reproduzir as condições de vida que desfrutavam no Egito.
Parte do crescente campo de pesquisa sobre a imigração do Oriente Médio para o Brasil, essa apresentação situará a imigração dos judeus egípcios para o Brasil nos contextos da Guerra Fria, diplomacia internacional, e a importância de organizações não-governamentais na gestão de migração em meados do século XX.