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Session Submission Type: Complete Panel
1964 marcou o início de um período extremamente violento na história brasileira, com gestos de silenciamento incidindo na linguagem e no corpo de todos os que se opunham ao regime imposto pelo golpe militar. Partindo desta consideração inicial, e sob a perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso materialista, os trabalhos desta mesa visam analisar ecos da ditadura e(m) movimentos de resistência social e política aos aparelhos de poder autoritários. Não há acontecimento que não deixe vestígios sobre as lutas pela hegemonia dos sentidos: a disputa pelos sentidos é também uma disputa pela memória e pela imposição do esquecimento. Para a análise do discurso, interessa compreender o imaginário que dá corpo material aos processos contraditórios e conflitantes de produção de sentidos inscritos na historicidade. Analisando distintas textualidades para compreender restos de sentidos que resistem aos silenciamentos impostos, temos: 1) ecos dos saberes-herança da Ditadura no Projeto Escola Sem Partido; 2) a silenciada história do Movimento Revolucionário de Três Passos; 3) as reescrituras do primeiro parágrafo da Lei de regulamentação da anistia; e 4) quatro depoimentos de mulheres para a Comissão da Verdade do Rio Grande do Sul. As lutas pelos sentidos em seus movimentos de resistência se realizam nas cidades, nos campos, nas escolas, no congresso e vão produzindo uma forma material ao serem ditas e escritas. Este é o nosso compromisso teórico e analítico: face ao horror dos silenciamentos impostos pelos militares, não deixar esquecer os movimentos de resistência.
Não se esquece por decreto: a lei de anistia de 1979 - Bethania Mariani, Universidade Federal Fluminense; Aracy Ernst, Universidade Federal de Pelotas e FURG
A ditadura nos acompanha à espreita: pela língua, a violência contra/na escola - Andréia Daltoé, Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Análise de relatos de mulheres presas na ditadura brasileira à comissão estadual da verdade do rio grande do sul - Luciana Vinhas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tensão entre história e memória: o caso da guerrilha de três passos (rs), 1965 - VERLI DA SILVEIRA, UFSM