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Esta comunicação tem como objetivo explorar as ideias feministas de autoras que escreviam para o jornal O Paiz entre 1884 e 1910. Enquanto o foco do periódico era amplo, abrangendo política, comércio e entretenimento, suas colaboradoras abriram espaço para discutir os direitos das mulheres, desafiar normas tradicionais e advogar por mudanças. Através da análise de uma seleção de crônicas e contos de Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1934), Emília Moncorvo Bandeira de Mello (1852-1910), Maria Benedita Câmera Borgman (1853-1895), Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), Maria Clara da Cunha Santos (1866-1911), Paola Lombroso Carrara (1871-1954) e Anna de Castro Osorio (1872-1935), esta comunicação demonstrará como essas mulheres navegaram em um cenário jornalístico predominantemente masculino para moldar a opinião pública e contribuir para o discurso em evolução sobre os papéis de gênero. Observa-se uma rica diversidade de perspectivas em relação aos papéis de gênero e à sociedade. Enquanto algumas autoras adotavam posturas mais tradicionais, reforçando ideais de submissão feminina e preservação dos valores morais estabelecidos, outras desafiavam vigorosamente as normas convencionais, com narrativas que questionavam o casamento arranjado, as relações patriarcais e os limites impostos às mulheres, dando voz às lutas por autonomia e igualdade. Essa variedade de abordagens revela uma rica tapeçaria de ideias feministas em meio à efervescência intelectual da Belle Époque, refletindo a complexa interação entre tradição e transformação nos debates sobre gênero e sociedade.