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Propomos aqui uma atualização da classificação do que foi até aqui chamado de Movimento Negro Contemporâneo, daquele período que surge a partir dos anos 1970 e foi até pelo menos os anos 1990. Alguns desafios políticos estavam colocados para aquele tempo, de finais dos anos 1970, entre as quais as denúncias da violência policial, da discriminação no mundo do trabalho, do mito da democracia racial, a luta por democracia; algumas pautas mais pontuais de políticas públicas e de mudanças na legislação que depois, foram agrupadas pelo jargão de igualdade racial. Combinando raça, gênero e classe, avant la lettre da interseccionalidade, conexões diaspóricas, articulação com partidos políticos majoritariamente de esquerda e intervenção institucional – os movimentos negros atuaram entre o afastamento de perspectivas assimilacionistas, privilegiando o deslocamento entre contestação e pautas de integração.
Contudo, tais desafios chegaram ao seu paroxismo nas primeiras décadas do século XXI após um processo de democratização controverso, num cenário social e político que combinou inclusão com extermínio e encarceramento de jovens negros. Neste breve ensaio levanto a questão os elementos que foram caracterizaram o período de 1978 ainda caracterizam os dias atuais. Isto é os termos, conceitos, personagens, marcos históricos e léxico daquele período ainda servem para pensar o protesto negro na “atual contemporaneidade”? Traremos aqui, três casos emblemáticos de violência racial que produziram protestos, moldaram novas articulações, novos atores, léxicos e agendas, que chamaremos aqui de Novo Movimento Negro Contemporâneo.