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O jovem artista brasileiro Yuri Firmeza, em sua já longa lista de obras inclassificáveis do ponto de vista da prática estética a qual se associaria, é, certamente, um artista amado por uns, odiado por outros, no circuito de arte do Brasil. O polêmico trabalho de arte-ficção, conforme sua própria designação, que consistiu na simulação de um sistema artístico constituído de um artista-inventado − Souzousareta Geijutsuka – de uma assessoria de imprensa, de críticas autorizadas, da adesão de um museu e de uma exposição em que nada foi exposto além do próprio processo de formulação da ficção, provocou ríspidas reações na mídia regional e nacional. Molecagem, farsa, fraude, enganação, pegadinha, provocação infeliz, boçalidade e outros termos foram usados para definir o projeto, o artista, o curador e o museu. Esta comunicação tem como objetivo analisar os meios pelos quais essa obra põe a nu o sistema artístico, suas fragilidades e vícios, as manipulações ordinárias, todas subordinadas a uma colonialidade interna que institui no espaço nacional brasileiro uma hierarquia estética que é também uma geopolítica implícita da arte.